sábado, 26 de abril de 2008

O FRUTO DA VINGANÇA



O menino chega em casa bufando de raiva de um colega da escola que o humilhou na frente de seus amigos.Em vão seu pai tenta acalmá-lo. Percebendo, então, que ele precisa "botar pra fora" sua raiva, o pai propõe-lhe uma forma alternativa de vingança:
- Vê aquela camiseta branca no varal, filho? Pois, bem, imagine que aquela camiseta é menino que te aborreceu. Pegue aqui neste saco alguns pedaços de carvão e atire bem no peito dele. Vamos ver quantas vezes você é capaz de acertá-lo, até que sua raiva passe.
A coisa toda pareceu-lhe boba, mas ele aceitou, afinal de contas seu pai estava do seu lado.Errou algumas, acertou outras, mas atirou até a última pedra de carvão que havia no saco. No fim o pai perguntou-lhe:
- E aí, filhão, como se sente?
- Cansado, disse ele sorrindo, mas, em compensação, olha só como ficou a camiseta!
O pai, então, convida-o a entrar e o coloca diante de um espelho. O menino leva um susto ao ver o quanto ficou sujo ao manusear o carvão, e o pai lhe diz:
- Assim é a vingança filho, você sempre acabará ficando sujo enquanto estiver atacando a pessoa que odeia. Perdoar é melhor!

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas. (Mateus 6.14-15)

O APRENDIZ


Um sábio conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com agilidade, enquanto o rapaz escorrega e cai a todo instante.O aprendiz blasfema, levanta-se, cospe no chão traiçoeiro, e continua a acompanhar seu mestre.Depois de uma longa caminhada, sem nada dizer, o sábio dá meia volta e começa a viagem de volta.
- Você não me ensinou nada hoje, diz o aprendiz, logo após levar mais um tombo.
- Ensinei sim, mas parece que você não quer aprender - responde o sábio - Estou tentando lhe ensinar como se lida com os erros da vida.
- E como se lida com eles?
- Como deveria lidar com seus tombos, responde o sábio, em vez de ficar praguejando o tempo todo, procure descobrir o que está te fazendo escorregar e cair.


Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. (Mateus 26.41)

JOÃO E MÁRIO

João e Mário eram irmãos gêmeos. Quando sua mãe morreu, eles ficaram sob os "cuidados" do pai. Acabaram fugindo de casa e se perderam um do outro. Nunca mais se viram.
João transformou-se num importante e bem sucedido empresário, professor universitário, palestrante e, acima de tudo, pai devotado e esposo exemplar.
Mário, quase sempre desempregado, vivia nos bares da vida, bebendo e arranjando briga, sobrevivendo de favor alheio, pois, devido ao seu estado, sua última companheira também o deixou.
Numa sexta-feira à noite, após terminar uma de suas palestras sobre a importância da força de vontade na busca perseverante das realizações pessoais, um aluno perguntou a João, no saguão do auditório:
- O senhor sempre teve esta extraordinária força de vontade?
Nesta mesma sexta-feira, à mesma hora, num outro ponto qualquer do país, Mário estava sentado num meio-fio, bêbado, chorando e tentando pensar no que havia se tornado a sua vida. Seu único amigo vem buscá-lo para levá-lo para casa e lhe pergunta:
- Diga-me, meu amigo, você nunca teve força de vontade? Nunca desejou ser um vencedor?
As respostas dos dois começaram iguais:
- Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em mim, no meu irmão e em minha mãe. Não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, fugimos de casa. Eu e meu irmão gêmeo nos perdemos e nunca mais nos vimos. Nossa família literalmente se acabou.
Mas, terminaram completamente diferentes. Mário, o derrotado, complementa, melancólicamente:
- Todo este sofrimento acabou comigo. Acabou com a minha força de vontade.
João, afirmou, confiante:
- Todo este sofrimento me fortaleceu. Deu-me ainda mais força de vontade.
Feliz o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam. I Pedro 4.12